quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mesmo se não tiver o campeão, Brasileirão 2011 foi o melhor dos cariocas

Há pouco mais de uma semana, propus que fosse “imaginado” qual dos times cariocas teria mais chance de superar o Corinthians na reta final do Campeonato Brasileiro. Passadas três rodadas, só restaram Vasco e Fluminense. O Botafogo, que durante todo o campeonato fraquejou quando teve oportunidade de ser protagonista, ficou pelo caminho e nem para a Libertadores deve conseguir se classificar. O próximo jogo, diante do Internacional, no Engenhão, se tornou o mais importante do ano. E o clima é totalmente desfavorável.

Quanto a Flu e Vasco, a chance de ser campeão é real. Especialmente para o clube da Colina, que tem apenas dois pontos a menos. Para o Tricolor, a situação já é mais difícil, mas ultimamente nada tem sido impossível para o clube, que, sinceramente, nem merecia ser campeão após a vergonhosa atuação contra o América. Entretanto, depois desse jogo contra o Grêmio...

O Flamengo, que eu não considerava como um possível campeão após a derrota para o Grêmio, graças a resultados extremamente improváveis na rodada seguinte, voltou à disputa. Todavia, depois de perder para o Coritiba – resultado mais do que normal -, a competição continental passou a ser o único objetivo. E que deveria ser obrigação para o clube que conta com um jogador do porte de Ronaldinho Gaúcho e um treinador caríssimo, como Luxemburgo. Este último, inclusive, deveria sofrer uma cobrança maior da cúpula rubro-negra, pois, caso não consiga a vaga, terá fracassado, mesmo sendo campeão carioca invicto e passando boa parte do ano sem sofrer uma derrota sequer.

Com o Figueirense exibindo um futebol surpreendente (com Ygor, Coutinho, Túlio e Elias no meio-campo) e o forte time do Inter se aproximando no fim da competição, o sonho de ter os quatro grandes do Rio na Libertadores parece ameaçado. De qualquer forma, acabe como acabar, o saldo do Brasileirão deste ano foi positivo para o futebol carioca, que mostra estar aprendendo com os erros do passado. Muito mais consistente em 2011, mesmo que não tenha o campeão, como teve em 2009 e 2010.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Qual carioca tem mais chance de tirar o título do Corinthians?

Amigos, após um breve hiato, volto neste sábado, pouco antes da abertura da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, a discutir o nosso futebol. Desde minha última publicação, muita coisa mudou, todavia, mesmo faltando apenas seis rodadas para o fim da competição, o equilíbrio que marcou os últimos anos de Brasileirão se repete, e os classificados para a Libertadores 2012 só devem sair na jornada derradeira. Já quanto ao campeão...

É inegável que o Corinthians – graças à tabela e às nove vitórias seguidas no início do campeonato - tem uma considerável vantagem sobre os outros postulantes ao título (Vasco, Botafogo e, vá lá, o Fluminense). Depois de vencer o Avaí, em casa, no último domingo, o time paulista vai enfrentar as outras três equipes que formam o atual Z4 (América-MG, Atlético-PR e Ceará). E, para mim, diferente do que alguns treinadores e críticos pensam, é mais fácil vencer um time que briga para não cair do que um do grupo de cima. Além desses três adversários, o Timão enfrenta o Atlético-MG, em SP, Figueirense (sabe-se lá com que objetivo), fora de casa, e fecha o ano diante do Palmeiras (o time da crise sem fim). De qualquer forma, são, teoricamente, jogos mais complicados.

Não seria nenhuma surpresa que o Corinthians, hoje com 58, some nove pontos em sequência, chegando assim aos 67, faltando ainda três jogos. O que obrigaria os demais a terem o mesmo aproveitamento nos próximos três jogos. Tafera complicadíssima, impossível para pelo memos um deles, já que no dia 13 de novembro Vasco e Botafogo se enfrentam, e o Flu, já neste domingo, vai a campo contra o Internacional, no Beira-Rio.

Ou seja, a não ser que o Timão bobeie – o que já aconteceu diversas vezes, até por não ter um grande time – um dos três cariocas terá de ser perfeito nas próximas três rodadas. Talvez o Vasco ainda tenha direito a um tropeço até lá. Apenas UM.

Na sua opinião, qual deles tem mais chance de tirar a taça do clube paulista?

Vasco (58 pg; 16 vit): Santos (F); Botafogo e Avaí (C)
Botafogo (55 pg; 16 vit): Figueirense (C); Vasco e América-MG (F)
Fluminense (53 pg; 17 vit): Inter (F); América-MG (C) e Grêmio (C)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Algumas ponderações sobre Cortês

Uma coisa que sempre me incomodou, mesmo antes de me tornar jornalista, é a falta de critério ou responsabilidade em analisar qualquer assunto. Principalmente aos que formam opinião. E é isso que vem acontecendo nos meios de comunicação de massa quanto ao lateral-esquerdo do Botafogo – e, agora, da Seleção Brasileira –, Cortês.

Infelizmente, está havendo uma confusão muito chata entre a ascensão relâmpago, graças a sua curiosa história de vida, e o futebol jogado dentro das quatro linhas, que é o que interessa. Que tal ponderar?

Trajetória

Cortês se destacou na série B do Carioca 2010 pelo Quissamã. No ano seguinte, estava no Nova Iguaçu, quando numa partida contra o Vasco em frangalhos, televisionada no domingo à tarde, teve uma grande atuação, que fora repetida algumas vezes, inclusive contra o seu atual clube.

Ainda durante o estadual, a revelação foi negociada com o Botafogo, onde rapidamente tomou a vaga de Márcio Azevedo. Aos poucos, foi se ambientando na nova casa e ganhando destaque, quando, novamente, contra o Vasco, Cortês teve, certamente, a maior atuação de sua carreira.

Foi o suficiente para que fosse convocado para a Seleção. Digo isso pois dali até o dia em que foi chamado, Cortês não jogou bem uma vez sequer, sendo, para mim, o pior em campo no clássico contra o Fluminense, na última rodada do primeiro turno.

Mas, eis que quando entrou em campo com a camisa amarela, o Super-Choque, bem discreto no primeiro tempo, mais do que normal para um estreante, no segundo, por causa de um ou dois dribles e um com passe fez o bastante para ser apontado por alguns analistas como o melhor em campo. Acredito que a baixa expectativa falou mais alto.

Oba-oba

Com menos de 30 jogos pelo Botafogo, nos quais esteve longe de ser brilhante na maioria, e em um pela Seleção, em que só ganhou destaque pela baixa qualidade e falta de novidade na partida, Cortês está carregando um peso muito maior do que deveria. Se amanhã jogar mal, virão os comentários: "A Seleção estragou", "já mascarou".

Bruno Cortês é “apenas” uma boa revelação e com um potencial enorme, que, com seus 24 anos, ainda alterna altos e baixos. Devido a lamentável safra de laterais-esquerdos no Brasil, está sendo alçado a um posto descabido. Para o bem dele, do Botafogo e da Seleção, é necessária para já uma blindagem ao garoto, que parece ser uma pessoa espetacular, mas ainda não é esse jogador todo que os não acompanham tão de perto suas atuações andam falando por aí.

domingo, 11 de setembro de 2011

Flu sobe, Fla desce, Bota e Vasco não se impõem. Quem tem mais chance de ser campeão?

Para aqueles que duvidavam, o Fluminense entrou no Campeonato Brasileiro. Longe de apresentar um futebol brilhante, o time vai se acertando, mas ainda tem a melhorar para o restante da competição. E isso é bom. A equipe entrou na disputa, mas por ainda não jogar tão bem, não dá para garantir que veio para ficar.

Se compararmos, esse “melhor momento” do Tricolor no Brasileirão é aquém dos “melhores” de Vasco, Flamengo e Botafogo, entretanto, o clube das Laranjeiras sobe a ladeira em um momento muito mais decisivo do que seus concorrentes. Embora cada time represente um caso diferente.

O Vasco, de todos os quatro, é o mais regular, mas não acredito que será o campeão. Reconheço que o retrospecto da equipe em 2011 e a tabela do campeonato me mostrem o contrário. É simplesmente uma questão de ponto de vista. Acho que ainda falta “O Cara” no elenco. Em contrapartida, a tranquilidade de já estar na Libertadores em 2012 certamente será uma aliada que nenhum de seus concorrentes possui.

O Flamengo, por estar há oito jogos sem vencer e vindo de quatro derrotas seguidas, obviamente, é o que dá mais sinais de pilha arriada, trocadilhos à parte. Se há um mês o time estava invicto no Brasileirão, com apenas uma derrota no ano, de uma hora para outra a carruagem virou abóbora.

Ao contrário do Fluminense, o Rubro-Negro parece ter atingido seu ápice antes da hora. Os boatos de mal estar entre Luxemburgo e o elenco a cada dia se acentuam, e os péssimos resultados só reforçam a ideia de que não se tratam apenas de burburinhos.

Dentro de campo, as atuações estão muito abaixo do que já fora apresentado anteriormente. Minha teoria de que sem força alguma no ataque e com uma defesa fraca seria impossível chegar longe vinha sendo desmentida pelos resultados. Agora não mais. O meio-campo continua sendo muito bom, mas a má fase de Thiago Neves, somada a de Léo Moura, se reflete diretamente no restante do time. Mesmo com a sólida evolução de Ronaldinho Gaúcho, que se tornou o “único” jogador da equipe.

De qualquer forma, sem pontuar há tanto tempo, a distância para o líder não é tão grande. São sete pontos, mas a diferença a gente viu na última quinta-feira. Um massacre, atropelamento, no Pacaembu. Tempo para se recuperar tem de sobra, a questão é se tem jeito de o Flamengo voltar a ser aquilo que já foi.

Já o Botafogo, que só joga em casa e quando sai é um desastre, se quiser brigar pelo título, precisa se impor quando desembarcar fora do Rio de Janeiro. Diante do Coritiba acho desnecessário tecer qualquer comentário sobre a atuação da equipe. Humilhante, sem-vergonha...nenhum adjetivo se aplica à partida que o time realizou.

Lamentável também foi a postura do Caio Júnior na beirada do campo. Cerca de 30 minutos do segundo tempo, o Botafogo tomando um vareio durante todo o jogo, acabara de tomar o terceiro gol, e o técnico simplesmente não tinha feito nenhuma substituição. Para piorar, ao ser filmado pela câmera que transmitia o jogo, o professor coçava a barba e conversava calmamente com seu assistente.

O time não ia empatar. Muito pelo contrário, estava entregue e era claro que mais gols do Coxa sairiam. O problema é a postura do treinador do lado de fora, que só reforçava essa sensação. Não estou pedindo um louco que pule, grite e xingue, mas um pouco de brio e atitude não faz mal a ninguém.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Renato dá aula de futebol no Engenhão; e após Fla x Avaí fica a pergunta: é coincidência ser prejudicado em SC?


Muito bem armado, consistente e agressivo, o Botafogo conquistou sua terceira vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro. O gol, logo no início, fez com que o jogo ficasse mais tranquilo do que já era previsto, em função dos vários desfalques do Palmeiras.

Neste duelo, dois jogadores tiveram uma atuação acima da média: Renato e Maicosuel. O camisa 7 fez, disparado, sua melhor partida no Campeonato Brasileiro, enquanto o volante se transforma em um jogador a cada dia mais indispensável à equipe.

Finalmente, Maicosuel fez o que se esperava dele: driblou, armou e finalizou. Até gol saiu. Não precisaria para que seu desempenho fosse destacado, mas balançar as redes coroa sua partida.

Oito de ouro

Um pouco mais atrás, na cabeça da área, tivemos uma aula de futebol. Confesso que quando o Botafogo acertou com Renato, eu esperava um grande jogador, mas não tanto e nem com tais características: cadência e roubo de bola.

AGIF
O camisa 8 conhece os atalhos, não erra um passe, rouba muitas bolas, facilita as mais emboladas jogadas, e tudo isso sem aparentar o menor esforço. Além do mais, é um exímio cobrador de faltas. De seus pés saíram os dois primeiros gols do Glorioso. Com 22 minutos, o jogo estava resolvido. Dali em diante, foi só uma mera exibição.

PS: Só registrando que o Cortês, pela segunda vez seguida, foi o pior jogador do Botafogo. 



Vá a Floripa e volte irritado com o juiz

Após ser derrotado para o Avaí e amargar seu quinto jogo sem vitória, o Flamengo passa por um momento esquisito na competição. Perdeu alguns jogadores de defesa, outros caíram de produção e, diante do Leão, a equipe contou apenas com “quatro” jogadores: Felipe, Willians, Renato e Ronaldinho. É muito pouco para quem quer ser campeão. 

Contudo, não há motivo para desespero. O rubro-negro está no bolo e acredito que vá brigar até o final, pelo menos, por uma vaga na Libertadores. O Brasileirão é equilibrado, e todos os times passaram ou passarão por momentos assim. Só acho interessante procurar ver seus os próprios erros do que culpar o fracasso na arbitragem. Se bem que... 

O que me chamou atenção neste jogo foi justamente uma coincidência que envolve a arbitragem. 

O Flamengo reclama da atuação do trio, que, descaradamente, prejudicou-o. O curioso é que esta é a segunda vez, que eu me lembre, que o clube protesta veementemente contra a CBF. Da outra vez, fora na partida contra o Figueirense, em Santa Catarina.  Duas vezes em Florianópolis? Você pode pensar que foi uma mera coincidência, mas acho que não. 

O Botafogo foi prejudicado em dois jogos em 2011. Adivinhe contra quem e onde? Pois foi contra o Avaí, pela Copa do Brasil, que acabou em briga na Ressacada, e contra o Figueirense, no Scarpelli, já no Brasileirão. Nas duas partidas, os sopradores de apito inventaram pênaltis que determinaram o fracasso do Glorioso.

Também aconteceu com o Fluminense, quando foi jogar contra o Avaí, lá, com a injusta expulsão do Rafael Moura, apesar de ter vencido o jogo.

Acho muita coincidência tantos erros contra times cariocas sempre no mesmo lugar, sendo que, no restante da temporada, nenhuma arbitragem os deixou tão irritados.

Vale lembrar que em Santa Catarina se localiza a sede da ANAF (associação nacional dos árbitros de futebol).  Mas cuidado antes de criticar os juízes, a entidade não gosta e dá a entender que é vingativa.

domingo, 28 de agosto de 2011

Flamengo x Vasco decepciona, Botafogo agradece e segue subindo


Os clássicos cariocas da última rodada do Brasileirão deixaram um gosto de frustração para quem esperava dois jogos eletrizantes. O de sábado nem tanto, pois o Botafogo fez um bom jogo. Mas mais especialmente a partida deste domingo. Quando Flamengo x Vasco estava esquentando, o zagueiro Wellinton - acho que finalmente perde a vaga  - comete uma estupidez e compromete não só sua equipe como todo o jogo.

O segundo tempo foi péssimo, em todos os sentidos. O Vasco, com um a mais, mal teve chances de gol, e o Flamengo, com apenas um zagueiro de ofício (Ronaldo Angelim, longe de ser dos melhores), se desdobrou para não perder. E se Negueba fosse um pouco mais inteligente, poderia até ter saído com os três pontos.

Até entende-se o comportamento do time de Vanderlei Luxemburgo, que se por um lado mexeu muitíssimo bem no intervalo, por outro é culpado direto, pois insiste com o limitado camisa 3.

Ao Vasco faltou coragem e um jogador mais decisivo. Sem contar a infelicidade que R. Gomes sofreu. A agitação do lado de fora acabou influenciando do lado de dentro.

0 a 0 justíssimo, mais ainda para o incompetente Gigante da Colina.

No sábado, o Botafogo venceu, com mais drama do que o necessário, o inconstante Fluminense. O time das Laranjeiras é uma grande confusão, e não por culpa do Abel. Tem um goleiro bom, dois excelentes laterais, mas ao mesmo tempo tem um miolo de zaga e um meio-campo indigno de um clube que é o atual campeão brasileiro. No ataque, o bom joga mal e o fraco joga bem. Embora no clássico Rafael Moura tenho sido anulado pela zaga alvinegra. Impecável, de novo.

Pelo lado do Glorioso, muito embora Caio Júnior continue elogiando Maicosuel, ele precisa estrear no campeonato. Não dribla, não cria e não chuta. Muitas bolas que podiam ter resolvido o jogo, caíram nos pés dele, e o gol não saiu. Depois, quando o Flu saiu na frente, a história poderia ter sido outra. Não foi. Graças a um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro. Se não fosse a esplendorosa fase de Elkeson, o time não estaria na situação que está.

Mas, no geral, o time é bom e dominou o Tricolor quese o tempo todo. A começar por um dos melhores goleiros do Brasil, dois bons laterais (bastou o treinador ter coragem para barrar Alessandro), uma zaga entrosadíssima, dois excelentes volantes e a volta do artilheiro, que praticamente não jogou na competição.

No time em que os que deixam a desejar são Maicosuel e Herrera – esse último compromete -, a coisa não está tão feia assim. Se bem que barrar o argentino não seria uma má ideia.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reta final do primeiro turno

Neste final de semana, o Brasileirão chegará a sua metade. E podemos afirmar que a tabela não apresenta nenhuma surpresa, exceção feita ao Santos, que, mesmo envolvido na Libertadores até a decisão e perdendo jogadores constantemente para as seleções brasileiras, tinha time para estar mais bem colocado.


A tabela do campeonato está refletindo algumas estimativas que eu tinha antes de a bola começar a rolar, como a boa colocação dos times cariocas e a ruim de equipes como Grêmio e Atlético-MG. Algumas verdades estão ficando para trás, como a de que o Inter e o Cruzeiro têm um "baita" elenco.


A imprensa de fora do Rio tem dificuldade para aceitar que, hoje - depois de muito tempo -, os time cariocas são os melhores do Brasil, junto de Corinthians e Santos. O São Paulo corre por fora, ainda desfrutando de um início de campeonato espetacular, com cinco vitórias em cinco jogos.


Entretanto, ao contrário do Flamengo, que vem consistente durante nove meses, Vasco e Botafogo são times pouco confiáveis, mas com uma diferença entre eles: enquanto o Glorioso tem um TIME melhor, o Gigante da Colina tem um ELENCO mais equilibrado. Os dois têm tudo para ficar entre os primeiros até o final, mas ainda tem muita água para rolar debaixo desse rio.


Pena é ver o Fluminense, atual campeão, ainda se ajeitando na 19ª rodada, com uma pontuação bem superior ao futebol apresentado até agora. Um dos times que mais oscila na competição, dificilmente vai brigar pelo título, mas um encaixe na hora certa pode salvar o ano tricolor.


Ah, quanto ao Ronaldinho Gaúcho, que eu sempre critiquei, é notório que ele melhorou bastante, sendo decisivo em alguns jogos, mas ainda não acho que esteja jogando essa bola toda que falam. Achei um equívoco sua convocação, ainda mais pelas justificativas de Mano Menezes - a quem eu apoio -. A mais absurda é querer que o R10 lidere a seleção. Isso nunca vai acontecer, até porque ele nunca liderou nada, nem a própria carreira.


Minha seleção do primeiro turno:


Rogério Ceni


Cicinho
Dedé
Chicão
Cortês


Willians
Paulinho
Elkeson
Thiago Neves


Neymar
Dagoberto


Técnico: Vanderlei Luxemburgo


Revelação: Cortês

quinta-feira, 28 de julho de 2011

27 de julho de 2011. Guarde essa data.

Vipcomm
Tão raro quanto como um eclipse solar, tão incrível a passagem de um cometa, assim foi o Santos x Flamengo da noite de ontem. Que jogo! Um único adjetivo – talvez nenhum – seja suficiente para contemplar todas as sensações que a partida proporcionou.

Em um jogo em que Neymar (leia-se gênio), o maior jogador revelado pelo Brasil nos últimos anos, tem uma de suas cinco melhores atuações de toda a carreira (o que foi a jogada do seu primeiro gol?!), jogando na intimidadora Vila Belmiro, ganhando por 3 a 0 em menos de 25 minutos, e o Santos não vence? Como?

Do outro lado, havia Ronaldinho Gaúcho tão inspirado quanto, que, finalmente, depois de quase meio ano de espera, teve uma atuação digna do salário que recebe e da fama que tem. Perfeito, não “só” pelos três gols, mas pela movimentação, pela inteligência, pela procura do jogo. Fez jus ao título de “camisa 10 da Gávea”.

Em uma partida como essa, não cabe achar culpados pela derrota ou por errar um lance ou outro, é hora de exaltar quem fez do dia 27 de julho de 2011 ser inesquecível.

Pena que esse jogo só tenha durado 90 minutos, pois de tão bom que foi, pareceu ter passado na velocidade da luz. Só os deuses do futebol para nos proporcionarem este espetáculo.

Uma observação final: depois desse jogo, você ainda acha que o Ganso joga mais do que o Neymar?

Para responder esta pergunta, vou usar a frase do meu grande amigo, Bernardo.

“O Ganso é um excelente jogador, ainda mais do lado do Neymar.”

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O grande pecado de Caio Júnior

O final de semana não reservou nenhuma surpresa para os times carioca nem na decisão da Copa América. O Uruguai, como o grande da situação, se impôs e atropelou o Paraguai. 3 a 0 ficou barato. Suárez, justamente eleito o craque da competição, fez uma partida incrível, enquanto Forlán conseguiu marcar os gols que tanto queria e merecia. Na hora certa!

Os elogios à Celeste já foram feitos no post anterior. Que sirva de exemplo não só ao esquadrão do Mano Menezes, mas a todos os times de futebol. Quando há entrega, equilíbrio e talento, as coisas acontecem.

No Brasileirão, o Botafogo teve outra fraca atuação no sábado. Diante do lanterna, que não tinha uma vitória sequer, que em 10 jogos tinha marcado três gols, o time de Caio Júnior conseguiu perder e tomar dois gols!!

No primeiro tempo, quase nada foi criado. E o pior, após a partida, em entrevista, o próprio comandante admitiu: a estratégia era de não atacar no primeiro tempo, mas somente no segundo. Genial! O time não joga absolutamente nada contra o Atlético-GO, contra o Bahia e ele não lamenta, mas, sim, justifica: "Disputamos todos os jogos com possibilidade de PONTUAR até o final." Você queria o quê, cara pálida? Chegar com 30 do segundo tempo tomando de 3 a 0?

O Furacão agradeceu e, com menos dificuldade do que esperava, conseguiu os três pontos. Em 10 jogos fez dois pontos, em um contra o Botafogo fez três.

Compreendo que com tantos desfalques (já são oito) as coisas não sejam tão simples, mas o treinador não parece ter o dom de simplificar as coisas. No meu entendimento, Caio Júnior peca muito mais nas suas declarações, nas justificativas, como as supracitadas, do que propriamente nas escolhas das peças.

Um tropeço diante do vice-lanterna, Avaí, nesta quarta, no Engenhão, uma demissão será quase inevitável.

domingo, 17 de julho de 2011

Mano Menezes foi a grande decepcão da Copa América, mas o trabalho tem que continuar

Eu não sou nem nunca fui torcedor da Seleção Brasileira, por isso, me sinto muito à vontade para analisar o desempenho e o futuro da equipe. Não que, se eu fosse, meus comentários estariam comprometidos. Só serve como ressalva, afinal, vi muitos comentaristas (quase todos) com análises passionais e feitas em cima da eliminação.

Considero o saldo da Copa América para o Brasil altamente positivo, se o grande objetivo é ser campeão do Mundo em 2014. O motivo é o crescimento que a equipe teve durante os jogos e a bela atuação diante do forte time do Paraguai. A Seleção dominou, mas por méritos do adversário, com uma pitada de azar, a bola não entrou. A juventude do time também não pode ser desconsiderada.

Me convenci de algumas ideias depois dessa curta passagem do Brasil na Argentina:

Lúcio e Maicon são indispensáveis nesse time tão jovem. A dupla de volantes é fraca, mesmo reconhecendo que o Ramires jogou muito bem contra o Paraguai. Não temos um grande lateral-esquerdo. O Marcelo joga muito mais que o André Santos, entretanto estou saturado desse estilo de jogador metrossexual que, infelizmente, predomina na Seleção. É muita frescura pra pouca bola.

Na frente, eu tinha - e ainda tenho - algumas ressalvas quanto ao Robinho, porém, neste domingo, ele teve uma atuação quase perfeita, em todos os sentidos. Drible, movimentação, raça... não foi suficiente, mas gera um crédito para a continuação do trabalho.

No momento, não vejo outras opções para o sistema ofensivo. Pato, Neymar e Ganso são os melhores jogadores que temos em suas respectivas posições. Talvez mais um armador ao lado do Ganso melhorasse a compactação da equipe. Fica a pergunta: quem poderia ser esse cara? Se houver um milagre, Kaká é o nome. Senão, só o tempo pode apresentar. Lucas corre por fora.

Com relação ao Mano Menezes, só me decepcionei. Escalou mal, mexia pior ainda e nas coletivas não dizia nada. Pior, a fala pausada, um estilo blasé irritante. Para fechar com chave de ouro sua participação na Copa América, sacou os craques do time e escalou André Santos e Fred para bater pênalti. Incrível que um cara inteligente, há tanto tempo no futebol, faça escolhas tão equivocadas. Mesmo assim, deve permanecer, o trabalho precisa de mais tempo para frutificar. Para mim, ir bem no treinamento de pênalti não representa absolutamente nada!

Para o meu gosto futebolístico, prazer é ver o Uruguai jogar. Humildade, amizade, INTENSIDADE equilíbrio, ligado os 90 minutos, deixando o sangue em campo, paixão pela camisa. Tudo isso com uma limitação técnica evidente, talvez por isso haja tanta entrega. Mas, como eu já falara, são essas características que eu valorizo num time de futebol. Muito mais que os penteados.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tirando o atraso

Confesso que nos últimos dias têm sido meio entediante falar de futebol. Quando o Campeonato Brasileiro começava a ficar interessante, aparece essa Copa América, que só esquentará nos mata-matas. Isso se os favoritos passarem.

E como esse desânimo acabou me afastando por alguns dias do blog, vou retomar o assunto hoje, por tópicos.

Argentina e Brasil na Copa América

O péssimo futebol apresentado tanto pelo Brasil na estreia quanto pela argentina nas duas partidas tem motivos semelhantes, mas também cada um com suas peculiaridades.

Acho cedo fazer muitas críticas à Seleção Brasileira. Já vimos que de uma hora para outra ela pode encaixar, e quando encaixa, fica difícil de segurar. Tenho restrições quanto a alguns – poucos – nomes. Especialmente Robinho e Ramires, os mesmos que Mano sacou no treino desta quarta. O primeiro já teve uma porção de chances e nunca conseguiu ser “o cara”. Há muito já não é aquele Robinho do Santos, embora seja um excelente jogador, para clubes brasileiros.

Quanto a Ramires, sinceramente, nunca demonstrou futebol para jogar na Seleção. É um rapaz esforçado, tem velocidade, mas para ser titular do Brasil precisaria de muito mais. Hernanes e Anderson são muito – mas muito mesmo – mais jogadores que Ramires.

Mas mesmo com os dois a tendência é que o Brasil apresente um futebol melhor. Até porque se não apresentar, vai perder para o bom time do Paraguai. Aí a coisa vai ficar bem feia, mais do que deveria. Até porque continuo achando que Mano Menezes é o técnico ideal para o cargo.

O problema dos hermanos é muito claro. Não sei se o futebol argentino anda tao mal assim das pernas, mas não acredito que não existam volantes melhores que Mascherano, Banega e até mesmo Cambiasso, o qual nunca vi nada demais. E é inadmissível que a Argentina jogue com três volantes e três atacantes, sem nenhum meia para fazer a ligação. Logo a Argentina, maior polo formador de meias habilidosos.

O péssimo esquema de Batista prejudica Messi e Tevez, que são jogadores espetaculares, mas que nesse time não conseguem jogar. Ainda cabe uma observação quanto ao fraquíssimo sistema defensivo.

No meu entender seria o ideal escalar Tevez, Aguero e Messi – na ponta direita, pelo amor de Deus – no ataque, com Pastore fazendo a ligação.

O segundo empate não foi tao ruim quanto pareceu, pois agora o time encara a Costa Rica Sub-21. Se não vencer...nem quero imaginar.


Fluminense

Emocionante a despedida de Conca, um ídolo de verdade! Palavras verdadeiras, com personalidade e sobriedade. O argentino merece essa fortuna que vai receber na China.
Não vou entrar no mérito se foi certo ou não vendê-lo, mas as quatro partes envolvidas na negociação (clube, Unimed, Traffic e jogador) queriam.

Flamengo

Parece que a previsão do técnico Vanderlei Luxemburgo está se confirmando. Ronaldinho, mesmo sem ser o melhor do time nem nada disso, já deu uma boa melhorada. A sequência de jogos está sendo mais proveitosa do que a semana livre para treinos.Será que é por que sobra menos tempo para sair?

Mas, conforme eu escrevi no meu primeiro post, em fevereiro, o R10 só vai poder brilher de verdade quando a equipe tiver um ataque decente à sua frente.

Vasco

O Vasco joga o Brasileirão, mas está doido para que o ano acabe e comece a Libertadores. Juninho Pernambucano estreou. Se não foi brilhante, fez um gol ao seu melhor estilo. Um grande cartao de visitas. A expectativa é a melhor possível.

A outra boa notícia foi a saída de Ramon. Para mim, era o mais fraco titular da equipe, o que pior fazia sua função, tanto no ataque como na defesa. Gostava de aparecer para torcida, um Ruy Cabeção canhoto.

Ricardo Gomes e Rodrigo Caetano mostram que estão atentos. Bom para o Vasco. Mas precisam trazer um outro para a posição. Márcio Careca só é "menos pior" que Ramon.

Doping de Cielo

Quando saiu a notícia do doping do Cesar Cielo, sem ler o conteúdo da notícia, eu imaginei a mesma justificativa que ele deu. “Tomou um suplemento que veio contaminado...” E eu estava propenso a acreditar. Por sinal, tanto ele como a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) garantiram que a farmácia (Anna Terra) do interior paulista admitira o erro.

Contudo, com o passar dos dias, mais ainda após aquela coletiva ridícula, de terno, lendo uma cartinha redigida pela assessoria, totalmente artificial - sem querer dazer nenhum trocadilho. Para mim, a palavra de Cielo, que sempre foi conhecido fora das piscinas pela forte personalidade, sem papas na língua, perdeu o peso.

Se ele realmente não deve nada, se não fez nada de errado, como já adiantou sem que as investigações cheguem ao fim, por que não abriu a coletiva para perguntas? Será que deve alguma coisa? Eu continuo duvidando, mas ficou no ar.

Ah, e a farmácia já repudiou as afirmações do nadador e negou que tenha cometido qualquer tipo de falha na manipulação dos medicamentos.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A desembocada do River

Desde que comecei a escrever este blog, me ative especialmente a falar dos times do Rio de Janeiro. Mas para quem enxerga o futebol além de um simples esporte, o rebaixamento de um clube como River Plate não é um fato que possa passar despercebido. E é disso que eu vou falar.

Não quero discutir o óbvio, que o clube é mal administrado há um bom tempo, que a economia do país vizinho não contribui, que muito mais que o Brasil, a Argentina sofre com o êxodo de jovens valores, que o time é fraco etc. São dados que contribuem para analisar o porquê da derrocada dos Millionarios, mas que neste momento – para quem ama o clube - não importam.

Com a fórmula de disputa do Campeonato Argentino, é muito difícil de um clube grande cair. Ele tem que ir mal durante muito tempo (três anos seguidos) para sofrer tal penitência. E ainda recebe uma segunda chance, com vantagem de dois empates. Mas, quando se chega nesse ponto, o emocional já foi pro espaço.

Não acompanhei de perto a decadência do River, mas de vez em quando assistia a alguns jogos, noutras, via os melhores momentos. E era incrível que sempre – sem exceção – tinha falha do goleiro Carrizo, que era o que mais chorava dentro de campo na fatídica tarde do dia 26 de junho de 2011. Se o time atual foi o que menos teve culpa por ‘la queda’ – afinal terminou o campeonato em nono – o goleirão tinha noção de que contribuiu efusivamente para o fracasso . 

Acompanhando pela TV, tanto o jogo de ida como o de volta, em casa, no conforto do meu lar, eu estava nervoso, imagine os torcedores lá... O clima de comoção no Monumental de Nuñez foi algo que há muito tempo não sentia. Era choro por todos os lados, mas por motivos diferentes (jogadores e torcedores do River, e jogadores e torcedores do heróico Belgrano).

Só sei que, no fim das contas, o que interessa é que a centenária história está manchada, o que os torcedores imaginavam ser impossível, que a camisa evitaria de uma forma ou de outra, aconteceu. E o retorno breve, que vai acontecer, não apagará.


Campeonato Brasileiro:

Numa rodada em que os quatro grandes do Rio vencem, sou obrigado a dar uns pitacos.

A começar pelo Flamengo que jogou no sábado. Não mudo uma vírgula sobre as críticas que venho fazendo a Ronaldinho Gaúcho. Mas, de fato, ele jogou muito bem depois que marcou o gol - um golaço, na verdade -, aos 21 minutos do segundo tempo. Ou seja, jogou cerca de 25 minutos de bom futebol. Alguns fatores contaram para a melhora do dentuço.

1º- as substituições de Luxemburgo, tirando David Braz e colocando Negueba, que criou as jogadas dois primeiros gols; 2º - o fraco time do Atlético sentiu o gol de empate, e o Flamengo cresceu

Por ser tão pouco o que Ronaldinho fez, não há a certeza de que ele vá jogar bem na próxima quarta-feira, muito pelo contrário. A regra até agora é que ele continue insosso - tomara que não - , como vem sendo. Ronaldinho hoje só possui uma qualidade, que é o toque de bola. Se Vanderlei Luxemburgo quiser ajudar o jogador, que tal mudar esse esquema tático e colocar dois atacantes? Assim, quem sabe, ele tenha mais gente para dialogar.

Sobre o Botafogo, dessa vez, houve uma mudança: se nas outras cinco rodadas o time ia bem no primeiro tempo e caía muito no segundo, contra o Grêmio acontecia o mesmo, até Caio Júnior mexer na equipe. Cidinho e Caio entraram muito bem e mudaram o panorama do jogo. Elkeson cresceu de produção e os gols, que pareciam que mais uma vez com Herrera de úncio atacante não sairiam, saíram.

Uma pena apenas que a situação de Marcelo Mattos ainda não esteja resolvida. O jogador faz um grande Brasileirão. Caso não fique, o alvinegro vai sentir muito, afinal, pelo que consta, Arévalo Ríos não deve voltar a General Severiano.