domingo, 29 de maio de 2011

Análise das atuações de Bota e Fla

Mais uma rodada do Campeonato Brasileiro se passou, e a sensação que fica é de que a competição ainda vai demorar um pouquinho para pegar. Isso porque três times (Santos, Vasco e Coritiba) ainda estão envolvidos em outras competições, enquanto outros – por erro de planejamento - ainda aguardam seus reforços. A baixa média de público é um reflexo desse momentâneo desinteresse.

No sábado, o Botafogo – apesar de Caio Júnior escalar errado e mexer mal mais uma vez – teve uma leve melhora. A defesa se manteve consistente em boa parte do jogo, o meio, com Elkeson e Everton, teve mais agressividade, e o ataque, sem Caio, conseguiu reter a bola, dando tempo de o restante do time chegar à frente.

Com exceção aos primeiros minutos, os donos da casa não foram ameaçados. Com um pouco mais de capricho e qualidade, a vantagem ainda no primeiro tempo seria maior. Mas, no segundo, sem mais nem menos, a equipe só se defendeu. Assim como fez contra o Palmeiras, na estreia, o treinador bagunçou o time com suas alterações e acabou deixando o Santos, que melhorou com Ritchely e Maikon Leite, tomar conta do jogo. Só não empatou porque não demonstrou tanto interesse assim na partida. Aos botafoguenses, no fim das contas, o resultado acabou sendo melhor do que a apresentação.

Os volantes Marcelo Mattos e Lucas Zen foram os destaques da equipe.

Nesre domingo o Flamengo tinha uma parada complicadíssima. Vencer no Pituaçu, como estava conseguindo até o minuto final, era um resultado extremamente expressivo, que poucos times devem conquistar. Seria muito fácil chegar agora e falar que a defesa é frágil, que Renato não funciona como volante contra adversários mais complicados, que os laterias têm problema na marcação...

Até acredito que essas afirmações têm cabimento, mas, especialmente nesse jogo, não foram determinantes para o resultado. No lugar de Luxemburgo, entretanto, não faria nada diferente do que ele fez. Mas, aí sim, durante o jogo, não gostei de suas substituições. Com um a mais, resolveu colocar um zagueiro para segurar o resultado. Deu no que deu.
O jogo

Como tem mais qualidade técnica, o Flamengo tinha a bola, chegava perto do gol baiano, mas ainda não tinha entrado totalmente no jogo, até tomar o gol de Lulinha. O gol era o que faltava para esquentar de vez o jogão. Depois que o rubro-negro descobriu a “Ávineida” pela esquerda da defesa rival, as chances se sucederam. Não demorou, e Ronaldinho empatou. Mas, no grande erro da equipe – ou de Luxemburgo - durante o jogo, a displicente falta cobrada pelo camisa 10 terminou num contra-ataque fatal, assinado por Jobson, sempre decisivo.

Na segunda etapa o Bahia cansou, parecia morto. O Flamengo dominava as ações. Conseguiu o empate cedo e a virada logo depois. Para melhorar, Elder, que deveria ser expulso com cinco minutos de jogo, recebeu o castigo, com atraso.

No fim, a precaução desnecessária de Vanderlei foi castigada. Jobson deu o último gás, suficiente para bater Jean, que entrara há pouco. 3 a 3. O empate não foi ruim - nem injusto - para o Fla, mas pelas circunstâncias da partida, com perdão do clichê, que também já é um, ficou com sabor amargo.

Falar o quê?

Não vou fazer nenhum elogio ao Barcelona. Só aos jogadores: Xavi, Iniesta e Messi são brincadeira. Tudo que eu for falar já foi falado. É o melhor time da minha geração. Messi não precisa ganhar Copa do Mundo para entrar em nenhum hall. Com 23 anos, só Pelé era o que ele é. É como o lateral Fábio, do Manchester, disse após a final de sábado: estamos vivenciando a história.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Arbitragem infeliz ajuda a eliminar o Flamengo da Copa do Brasil

Mais uma vez - e não foi contra o Botafogo! - a arbitragem foi determinante para a eliminação de um time na Copa do Brasil. O Flamengo, finalmente, em 2011, vinha jogando um futebol condizente às expectativas da torcida. O time literalmente atropelou o Ceará nos primeiros 30 minutos, com atuações exuberantes de Renato e Thiago Neves, que a cada dia se torna mais “o cara” da equipe. Até Ronaldinho parecia estar com fome de bola, mas depois voltou ao normal.
Vipcomm

Ainda na metade do primeiro tempo o placar já mostrava 2 a 0, e estava barato. Mas, de repente, os donos da casa acharam um gol, muito em função da boa substituição de Vagner Mancini (Osvaldo no lugar Vicente) e da ingenuidade de Wellinton, que fez uma falta desnecessária na entrada da área. Mesmo assim, o Flamengo não pareceu sentir o golpe e continuou criando suas chances.

Até que o juizão inventou uma falta de Angelim sobre Osvaldo, e não satisfeito ainda deu cartão amarelo. Como era o segundo ... Para piorar, no minuto seguinte o Ceará empata. Apesar da interferência direta do árbitro no resultado, o time de Luxemburgo tomou dois gols de bola aérea. Ou seja, a defesa também tem sua parcela du culpa pela eliminação.

No segundo tempo o rubro-negro continuou melhor, mas os jogadores, que correram como nunca na primeira etapa, já não tinham o mesmo gás. Muitos gols foram perdidos e Fernando Henrique apareceu bem.

No final das contas, assim como no duelo do Botafogo com o Avaí, os juízes acabaram sendo determinantes para as eliminações, mas quando jogaram em casa, os times foram muito mal e acabaram pagando o preço no território inimigo.

Considerações finais:

Wanderley, longe de ser um bom atacante, mostrou que nunca mais pode ser reserva de Deivid

Para que serve o Egídio?

Se quiser ser campeão brasileiro, o Flamengo precisa de dois laterais esquerdos, um zagueiro e um atacante

A polícia cearense foi patética. Que despreparo!

Carrasco, Washington marca pela terceira vez dois gols sobre o Flamengo

Achei engraçado o Luxemburgo reclamar do Sérgio Correa. Quando o Botafogo reclamou da ANAF, e a mesma emitiu aquela patética nota oficial, ninguém se pronunciou. Era uma boa hora para ele se expressar.

Não vi o jogo do Santos, só os melhores momentos. Conclusão: Neymar tá sacanagem. Tem tudo para ser o melhor do mundo daqui a alguns anos. Quando o Messi cansar, ou virar hors-concours.

Será que veremos o Falcão comentando no Brasileirão?

O trio Maurício Assumpção, André Silva e Anderson Barros dá um show de agilidade! Já se passaram 21 dias de férias e ninguém foi contratato. Haja incompetência. O tempo que Caio Júnior teria para armar o time pro Brasileirão já se esvaiu. Com esse plantel, a 15ª colocação será um presente dos céus.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

É mais do que óbvio que o Flamengo mereceu ser campeão, mas para o Brasileirão precisa de muito mais. Os rivais? Precisam de mais ainda.

Sim, este será um post com mais crítica do que vocês, provavelmente, andaram lendo sobre o Flamengo. Mas não fique chateado, torcedor. Os rivais nem merecem citações, de tão insignificantes, medíocres e incompetentes que foram neste Estadual.

É redundância afirmar que o Flamengo foi campeão carioca invicto de forma merecida. Mas, ao fim do campeonato, o que me chamou mais atenção foi a incapacidade dos rivais – especialmente Fluminense e Vasco, que têm times melhores que o Botafogo – em derrotar uma equipe que não é nem de longe brilhante. Haja vista a linha defensiva que o rubro-negro pôs em campo na semi e na final da Taça Rio: Galhardo, Welinton, David Braz e Rodrigo Alvim. Sem comentários.

Por outro lado, com a saída de Maldonado, Luxemburgo “achou” seu meio-campo ideal. Pelo menos para enfrentar times iguais ou inferiores ao seu. A vitalidade e a experiência de Renato Abreu permitem que o treinador arme seu escrete com uma maior mobilidade no “coração” do time. É, sem dúvida, um dos melhores meios-campos do país.

No ataque, a situação se assimila à da defesa. Devid já se cansou de provar que não tem nada mais a oferecer. O torcedor implora, clama por sua saída. Diego Maurício e Negueba ainda não são os jogadores ideais. Wanderley muito menos.

De positivo ficou a empatia quase instantânea entre torcida e o goleiro Felipe, um dos principais destaques da equipe. Leonardo Moura, Willians e Renato deram um show de regularidade – em alto nível -, enquanto Thiago Neves, previsivelmente, ofuscou o R10, que continua com seu futebol improdutivo e irritante. Dá gosto de ver a gana que o camisa 7 tem, enquanto o Gaúcho parece não se importar se vai ganhar ou empatar. É certo que ele não sentiu o gosto da derrota, mas duvido que se incomodaria.

Volto a frisar, assim como disse quando houve o acerto com o ex-melhor do mundo. Se não lhe derem um excelente atacante, ele será para sempre o Deivid do meio-campo.

Outro fator deste título que merece destaque, digno de aplauso, é o trabalho de Luxemburgo (apesar de ter minhas restrições com sua mania de querer ser mais do que o cargo permite), que um dia já foi o melhor do Brasil, mas para mim já estava ultrapassado e desgastado no cenário nacional. Após trabalhos desastrosos, dessa vez deu liga. E como!