domingo, 17 de julho de 2011

Mano Menezes foi a grande decepcão da Copa América, mas o trabalho tem que continuar

Eu não sou nem nunca fui torcedor da Seleção Brasileira, por isso, me sinto muito à vontade para analisar o desempenho e o futuro da equipe. Não que, se eu fosse, meus comentários estariam comprometidos. Só serve como ressalva, afinal, vi muitos comentaristas (quase todos) com análises passionais e feitas em cima da eliminação.

Considero o saldo da Copa América para o Brasil altamente positivo, se o grande objetivo é ser campeão do Mundo em 2014. O motivo é o crescimento que a equipe teve durante os jogos e a bela atuação diante do forte time do Paraguai. A Seleção dominou, mas por méritos do adversário, com uma pitada de azar, a bola não entrou. A juventude do time também não pode ser desconsiderada.

Me convenci de algumas ideias depois dessa curta passagem do Brasil na Argentina:

Lúcio e Maicon são indispensáveis nesse time tão jovem. A dupla de volantes é fraca, mesmo reconhecendo que o Ramires jogou muito bem contra o Paraguai. Não temos um grande lateral-esquerdo. O Marcelo joga muito mais que o André Santos, entretanto estou saturado desse estilo de jogador metrossexual que, infelizmente, predomina na Seleção. É muita frescura pra pouca bola.

Na frente, eu tinha - e ainda tenho - algumas ressalvas quanto ao Robinho, porém, neste domingo, ele teve uma atuação quase perfeita, em todos os sentidos. Drible, movimentação, raça... não foi suficiente, mas gera um crédito para a continuação do trabalho.

No momento, não vejo outras opções para o sistema ofensivo. Pato, Neymar e Ganso são os melhores jogadores que temos em suas respectivas posições. Talvez mais um armador ao lado do Ganso melhorasse a compactação da equipe. Fica a pergunta: quem poderia ser esse cara? Se houver um milagre, Kaká é o nome. Senão, só o tempo pode apresentar. Lucas corre por fora.

Com relação ao Mano Menezes, só me decepcionei. Escalou mal, mexia pior ainda e nas coletivas não dizia nada. Pior, a fala pausada, um estilo blasé irritante. Para fechar com chave de ouro sua participação na Copa América, sacou os craques do time e escalou André Santos e Fred para bater pênalti. Incrível que um cara inteligente, há tanto tempo no futebol, faça escolhas tão equivocadas. Mesmo assim, deve permanecer, o trabalho precisa de mais tempo para frutificar. Para mim, ir bem no treinamento de pênalti não representa absolutamente nada!

Para o meu gosto futebolístico, prazer é ver o Uruguai jogar. Humildade, amizade, INTENSIDADE equilíbrio, ligado os 90 minutos, deixando o sangue em campo, paixão pela camisa. Tudo isso com uma limitação técnica evidente, talvez por isso haja tanta entrega. Mas, como eu já falara, são essas características que eu valorizo num time de futebol. Muito mais que os penteados.

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