Título inédito levará Trem-bala pela América

Eletrizante, emocionante, angustiante...adjetivos não faltarão para definir a inédita conquista da Copa do Brasil pelo Vasco. Depois de fazer o dever de casa direitinho, o Vasco soube aproveitar a afobação do Coritiba, que como eu havia falado anteriormente, não tem nenhum jogador com “canxa” para uma decisão desse porte. Mesmo errando muitos passes na saída de bola, na segunda enfiada certeira para Eder Luis - o craque do jogo e do campeonato- o gol saiu.

Mas era muito cedo, nada estava decidido. Marcelo Oliveira consertou a besteira que fez ao escalar Marcos Paulo – há muito tempo não vejo uma atuação tão ruim -, e o Vasco, em vez de aproveitar a grande vantagem para jogar bola e matar o jogo, tentou sentar na vantagem. Foi merecidamente punido. Fazer cera com menos de 30 minutos de jogo é até compreensível, mas não postura de um time que estava com o jogo nas mãos.

O curioso dessa decisão foi que quem estava melhor no jogo acabava tomando o gol. Depois de sair atrás, o Coritiba não criou absolutamente nada, mas bastou pingar duas bolas na área cruz-maltina e achou dois gols.

A torcida cresceu, e o título parecia trocar de mãos. Só parecia, pois foi Édson Bastos – sempre falhando – que trocou as pernas. A falha bisonha jogou por água abaixo a chance de título dos paranaenses, que ainda ganhou sobrevida com o golaço do bom volante William, mas já estava muito difícil. A experiência aliada à dedicação dos jogadores do Vasco garantiu a taça.

Oito anos depois, o torcedor do Vasco volta a gritar “é campeão”. Título mais do que merecido, especialmente para a torcida, que não merecia tanto sofrimento por este longo período. O clube volta à Libertadores, competição que tem tradição, não se intimida. O elenco, no meu entender, ainda não está à altura de quem quer vencê-la, mas ainda não é hora de se preocupar com isso. 

De hoje até dezembro, todo dia será dia de festa em São Januário!