segunda-feira, 27 de junho de 2011

A desembocada do River

Desde que comecei a escrever este blog, me ative especialmente a falar dos times do Rio de Janeiro. Mas para quem enxerga o futebol além de um simples esporte, o rebaixamento de um clube como River Plate não é um fato que possa passar despercebido. E é disso que eu vou falar.

Não quero discutir o óbvio, que o clube é mal administrado há um bom tempo, que a economia do país vizinho não contribui, que muito mais que o Brasil, a Argentina sofre com o êxodo de jovens valores, que o time é fraco etc. São dados que contribuem para analisar o porquê da derrocada dos Millionarios, mas que neste momento – para quem ama o clube - não importam.

Com a fórmula de disputa do Campeonato Argentino, é muito difícil de um clube grande cair. Ele tem que ir mal durante muito tempo (três anos seguidos) para sofrer tal penitência. E ainda recebe uma segunda chance, com vantagem de dois empates. Mas, quando se chega nesse ponto, o emocional já foi pro espaço.

Não acompanhei de perto a decadência do River, mas de vez em quando assistia a alguns jogos, noutras, via os melhores momentos. E era incrível que sempre – sem exceção – tinha falha do goleiro Carrizo, que era o que mais chorava dentro de campo na fatídica tarde do dia 26 de junho de 2011. Se o time atual foi o que menos teve culpa por ‘la queda’ – afinal terminou o campeonato em nono – o goleirão tinha noção de que contribuiu efusivamente para o fracasso . 

Acompanhando pela TV, tanto o jogo de ida como o de volta, em casa, no conforto do meu lar, eu estava nervoso, imagine os torcedores lá... O clima de comoção no Monumental de Nuñez foi algo que há muito tempo não sentia. Era choro por todos os lados, mas por motivos diferentes (jogadores e torcedores do River, e jogadores e torcedores do heróico Belgrano).

Só sei que, no fim das contas, o que interessa é que a centenária história está manchada, o que os torcedores imaginavam ser impossível, que a camisa evitaria de uma forma ou de outra, aconteceu. E o retorno breve, que vai acontecer, não apagará.


Campeonato Brasileiro:

Numa rodada em que os quatro grandes do Rio vencem, sou obrigado a dar uns pitacos.

A começar pelo Flamengo que jogou no sábado. Não mudo uma vírgula sobre as críticas que venho fazendo a Ronaldinho Gaúcho. Mas, de fato, ele jogou muito bem depois que marcou o gol - um golaço, na verdade -, aos 21 minutos do segundo tempo. Ou seja, jogou cerca de 25 minutos de bom futebol. Alguns fatores contaram para a melhora do dentuço.

1º- as substituições de Luxemburgo, tirando David Braz e colocando Negueba, que criou as jogadas dois primeiros gols; 2º - o fraco time do Atlético sentiu o gol de empate, e o Flamengo cresceu

Por ser tão pouco o que Ronaldinho fez, não há a certeza de que ele vá jogar bem na próxima quarta-feira, muito pelo contrário. A regra até agora é que ele continue insosso - tomara que não - , como vem sendo. Ronaldinho hoje só possui uma qualidade, que é o toque de bola. Se Vanderlei Luxemburgo quiser ajudar o jogador, que tal mudar esse esquema tático e colocar dois atacantes? Assim, quem sabe, ele tenha mais gente para dialogar.

Sobre o Botafogo, dessa vez, houve uma mudança: se nas outras cinco rodadas o time ia bem no primeiro tempo e caía muito no segundo, contra o Grêmio acontecia o mesmo, até Caio Júnior mexer na equipe. Cidinho e Caio entraram muito bem e mudaram o panorama do jogo. Elkeson cresceu de produção e os gols, que pareciam que mais uma vez com Herrera de úncio atacante não sairiam, saíram.

Uma pena apenas que a situação de Marcelo Mattos ainda não esteja resolvida. O jogador faz um grande Brasileirão. Caso não fique, o alvinegro vai sentir muito, afinal, pelo que consta, Arévalo Ríos não deve voltar a General Severiano.

2 comentários:

  1. Bom post. Um rebaixamento nunca será apagado! E o Luxa tem q escalar dois atacantes, tá jogando q nem time pequeno... O Flamengo nunca foi disso!
    Abracos

    ResponderExcluir