Tenho ouvido muitas críticas aos times grandes, não só do Rio de Janeiro, pelo sufoco que volta e meia vêm passando diante dos menores. Como se os times mais modestos fossem obrigados a serem ruins. E, felizmente, a realidade está longe de ser essa. Exemplos não faltam. E, na minha humilde opinião, o mais significativo e recente de todos eles foi a final do Campeonato Paulista do ano passado. O Santos, de Robinho, Neymar e Ganso, que encantou o país, podia (merecia seria um exagero) ter perdido a taça tranquilamente para o Santo André, de Nunes, Bruno César, Rodriguinho e Branquinho, se não fosse um erro grosseiro da arbitragem a seu favor.
Nestes últimos dias essa minha impressão passada no título do post ganhou mais corpo. Vejam só: Corinthians perdeu da Ponte no Pacaembu. No Olímpico, o Grêmio empatou com o Caxias na bacia das almas, o Nova Iguaçu engoliu o Botafogo, que quase foi eliminado da Copa do Brasil pelo River-SE. Se não fosse a péssima arbitragem de Djalma Beltrami (NOVIDADE!!), não sei se o Flamengo derrotaria o Bangu, aos 51' do segundo tempo (não estou discutindo se os acréscimos foram justos ou não), na penúltima rodada o Resende massacrou o Fluminense, o Cruzeiro não conseguiu derrotar o Tupi... O Vasco então, nem se fala! Na maioria das vezes, mesmo aos trancos e barrancos e com ajuda da arbitragem, o grande acaba se dando bem no fim das contas. Mas quando não se dá, a porrada dói. A eliminação do Flu para o Boavista é um exemplo.
É bastante comum e tradicional que, em campeonatos estaduais ou até mesmo em mata-matas- o chamado 'tiro-curto' -, um time de menor expressão chegue à final ou, eventualmente, conquiste o título. No atual Campeonato Carioca, Bangu, Olaria e Nova Iguaçu possuem boas equipes, não elencos. Sem esquecer do Boavista, que me agrada menos do que estes três, mas chegou à final.
Não estou defendendo que a torcida 'pegue leve' na cobrança com os clubes de renome, muito pelo contrário. Afinal, não dá para comparar o investimento, a tradição, as torcidas e a estrutura (em alguns casos), mas a temporada ainda está engatinhando. Embora estejamos em meados de março, e o preparo físico já não seja a grande diferença entre os dois extremos, mas por estarem treinando há mais tempo, o entrosamento, somado à carência de jogadores que façam a diferença, as forças se equilibram. Sem esquecer que não dá para mensurar a motivação que um jogador do Caxias tem em enfrentar o Grêmio, e vice-versa. Também não serve de desculpa pelo mau futebol apresentado, mas as coisas são assim.
Concordo plenamente...a união de mais tempo de trabalho, com a motivação de ser o jogo da vida, os times "pequenos" tem surpreendido os de maior tradição.
ResponderExcluirVejo um futebol brasileiro carente de craques. Frise-se: Em todo o futebol nacional e não apenas no RJ. Nós, torcedores, somos vítimas das "atividades empresariais" nos grandes clubes. Jogadores medianos, mas com excelentes empresários, conseguem vestir camisas de grandes clubes e maculam tais equipes. Lembro que o grande maestro Júnior (olha que sou vascaíno) disse uma vez que antigamente víamos uma média de 5 grandes craques em cada clube. E agora ? Sem mais.
ResponderExcluira verdade é que não existe mais time bobo
ResponderExcluirmuitos times pequenos tem a preparação física melhor do que os grandes
e isso faz a diferença!