quinta-feira, 10 de março de 2011

As críticas aos grandes são merecidas, mas existem, sim, bons times pequenos no Brasil

Tenho ouvido muitas críticas aos times grandes, não só do Rio de Janeiro, pelo sufoco que volta e meia vêm passando diante dos menores. Como se os times mais modestos fossem obrigados a serem ruins. E, felizmente, a realidade está longe de ser essa. Exemplos não faltam. E, na minha humilde opinião, o mais significativo e recente de todos eles foi a final do Campeonato Paulista do ano passado. O Santos, de Robinho, Neymar e Ganso, que encantou o país, podia (merecia seria um exagero) ter perdido a taça tranquilamente para o Santo André, de Nunes, Bruno César, Rodriguinho e Branquinho, se não fosse um erro grosseiro da arbitragem a seu favor.

Nestes últimos dias essa minha impressão passada no título do post ganhou mais corpo. Vejam só: Corinthians perdeu da Ponte no Pacaembu. No Olímpico, o Grêmio empatou com o Caxias na bacia das almas, o Nova Iguaçu engoliu o Botafogo, que quase foi eliminado da Copa do Brasil pelo River-SE. Se não fosse a péssima arbitragem de Djalma Beltrami (NOVIDADE!!), não sei se o Flamengo derrotaria o Bangu, aos 51' do segundo tempo (não estou discutindo se os acréscimos foram justos ou não), na penúltima rodada o Resende massacrou o Fluminense, o Cruzeiro não conseguiu derrotar o Tupi... O Vasco então, nem se fala! Na maioria das vezes,  mesmo aos trancos e barrancos e com ajuda da arbitragem, o grande acaba se dando bem no fim das contas. Mas quando não se dá, a porrada dói. A eliminação do Flu para o Boavista é um exemplo.

É bastante comum e tradicional que, em campeonatos estaduais ou até mesmo em mata-matas- o chamado 'tiro-curto' -, um time de menor expressão chegue à final ou, eventualmente, conquiste o título. No atual Campeonato Carioca, Bangu, Olaria e Nova Iguaçu possuem boas equipes, não elencos. Sem esquecer do Boavista, que me agrada menos do que estes três, mas chegou à final.

Não estou defendendo que a torcida 'pegue leve' na cobrança com os clubes de renome, muito pelo contrário. Afinal, não dá para comparar o investimento, a tradição, as torcidas e a estrutura (em alguns casos), mas a temporada ainda está engatinhando. Embora estejamos em meados de março, e o preparo físico já não seja a grande diferença entre os dois extremos, mas por estarem treinando há mais tempo, o entrosamento, somado à carência de jogadores que façam a diferença, as forças se equilibram. Sem esquecer que não dá para mensurar a motivação que um jogador do Caxias tem em enfrentar o Grêmio, e vice-versa. Também não serve de desculpa pelo mau futebol apresentado, mas as coisas são assim.

3 comentários:

  1. Concordo plenamente...a união de mais tempo de trabalho, com a motivação de ser o jogo da vida, os times "pequenos" tem surpreendido os de maior tradição.

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  2. Vejo um futebol brasileiro carente de craques. Frise-se: Em todo o futebol nacional e não apenas no RJ. Nós, torcedores, somos vítimas das "atividades empresariais" nos grandes clubes. Jogadores medianos, mas com excelentes empresários, conseguem vestir camisas de grandes clubes e maculam tais equipes. Lembro que o grande maestro Júnior (olha que sou vascaíno) disse uma vez que antigamente víamos uma média de 5 grandes craques em cada clube. E agora ? Sem mais.

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  3. a verdade é que não existe mais time bobo
    muitos times pequenos tem a preparação física melhor do que os grandes
    e isso faz a diferença!

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