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Não sou setorista do Fluminense, nem sou torcedor, mas desde o último sábado venho acompanhando atentamente toda essa crise nas Laranjeiras. E confesso ter ficado indignado com o final da história. O clube não podia se dar ao luxo de perder Muricy Ramalho, mas, por incompetência e inabilidade da direção, perdeu.
A realidade é que apenas eles (cartolas e Muricy) sabem os verdadeiros motivos para a história ter acabado assim. Para a imprensa, até à coletiva do presidente após o Fla-Flu, o treinador tinha saído por causa da demissão de Alcides, na tarde de sábado. Porém, Peter negou essa possibilidade e disse que o treinador havia pedido o boné na manhã de sábado. Ou seja, até então, Alcides Antunes estava no cargo. Não acredito nesta versão - a feição dele na coletiva, sem encarar os jornalistas, reforça minha opinião. Caso seja verdade, o que causou a saída do técnico foram dois fatores: a falta de perspectiva na mudança de mentalidade da direção e – não podemos esquecer – os resultados! Afinal, alguém acha que, se o Fluminense estivesse na final do Carioca ou com a classificação na Libertadores bem encaminhada, ele sairia? No futebol, são eles que mandam. Uma covardia? Também acho.
Pelo lado do presidente – que tinha a preferência do patrocinador nas eleições, e o patrocinador queria a permanência de Alcides Antunes -, a impressão que passou foi de ser apenas um testa de ferro, uma marionete, que o grupo político que o apoiou, usa par atingir seus objetivos. Dois fatores me chamaram atenção em todo esse assunto:
1º- Como o cidadão me demite o vice de futebol na véspera de um Fla-Flu? A poucos dias do jogo do ano, contra o América-MEX!
1º- Como o cidadão me demite o vice de futebol na véspera de um Fla-Flu? A poucos dias do jogo do ano, contra o América-MEX!
2º - Foi o cúmulo do ridículo ele dizer que conheceu, de fato, o Muricy Ramalho na madrugada anterior ao clássico! Um absurdo! Como o presidente de um clube, essencialmente de futebol, só tem uma conversa mais aprofundada com o treinador – e olha que não é qualquer treinador – quando o cara já pediu para sair? Foi uma grande prova de incompetência e de que está na função errada. Como ele mesmo disse, está há apenas dois meses na presidência. O que será que ainda vem por aí?
Muricy, apesar do vacilo de sair através de nota oficial, desconsiderando o torcedor, saiu por cima e com certeza vai arrumar um lugar melhor do que as Laranjeiras para trabalhar. Foi campeão brasileiro, acabando com um jejum de 26 anos de um clube que é dirigido mais pelo patrocinador do que pelo presidente e que não oferece boas condições de trabalho. Para um cara que em toda a carreira sempre respeitou seus contratos, abrindo mão até da ,Seleção Brasileira, podemos imaginar o que ele teve de aguentar.
Mais uma vez, o jogo político, a disputa por poder, o ego dos engravatados, atropela o que está acima de todos: a instituição e a razão de ela existir, que é a sua torcida. Tenho certeza de que há muito mais coisa por trás desta crise, mas não sei se a verdade vai aparecer.
Infelizmente o futebol carioca, mostrou mais uma vez o quão amador que é. Sou tricolor e é inadimissível um time que não mudou nada do campeonato do ano passado para esse e ainda recebeu reforços, ter mudado tanto assim a sua forma de jogar a ponto de estar nessa situação...O que está acontecendo para que isso esteja ocorrendo não sei, apenas quem está lá dentro pode dizer...vamos ver o que esse presidente vai fazer com o club.
ResponderExcluirAgora só aguardando a resposta da diretoria do Flu sobre a saida de Muricy... Tristeza é a falta de compromisso da diretoria com o clube. O meu Flu tem sorte por ter um patrocinador que torce pelo time, que ama o time...
ResponderExcluirAbraços vini
Concordo com tudo, vini ! Está escrevendo muito bem
ResponderExcluirQuando uma empresa ou mesmo um clube de futebol muda o seu presidente é natural que se provoque um choque de gestão, alterando principalmente a sua cúpula (Leia-se diretoria) para mostrar que dali em diante a instituição será comandada de outra maneira. Fatores políticos também exercem influências.
ResponderExcluirSeguindo esta fórmula, o novo presidente do Flu, Peter Siemsen, se desfez de Alcides Antunes. Entretanto, no futebol, a mudança é mais visível e ocorre de fato - pelo menos aos olhos dos dirigentes - quando o treinador é trocado. É assim que se livra por completo da gestão anterior. E, nessa hora, quanto pior estiver o desempenho do clube nas quatro linhas mais fácil as justificativas e o recomeço. Então, Sr.Treinador da gestão passada, não espere apoio.
Tudo o que foi dito anteriormente tem base e ocorreu, recentemente, em outro clube grande do futebol Carioca também. O Flamengo agiu assim, mudando apenas os personagens. É só fazer uma forcinha e achar as semelhanças com a presidente Patrícia Amorim, o vice de futebol Marcos Braz e o técnico Andrade.
Em ambos os casos, a saída do professor foi mal explicada e, como ocorreu no rubro-negro, está sendo difícil encontrar um bom profissional a beira do campo para substituir. O título do campeonato brasileiro do ano anterior atrapalhou também o tricolor neste momento. É uma pedra no caminho da diretoria. Porém, a torcida do Flu espera que as coincidências terminem por aqui, pois “O Mais Querido do Brasil” tenta esquecer o ano passado.